Polícia Civil deflagra ‘Operação Hooligans’ e prende primeiros suspeitos do atentado contra o Fortaleza
Fortaleza, CE, 15 (AFI) – A investigação sobre o atentado à delegação do Fortaleza rendeu resultados nesta sexta-feira. A Polícia Civil de Pernambuco anunciou que está cumprindo sete mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão, com três prisões sendo efetuados. A operação foi denominada “Hooligans“.
“A investigação foi iniciada em fevereiro de 2024, com o objetivo de identificar e desarticular associação criminosa voltada à prática dos crimes de tentativa de homicídio, provocação de tumulto e dano”, explicou a Polícia Civil.
Os mandados são cumpridos nas cidades de Recife, Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe. Os três presos confirmados foram levados ao Complexo de Operações e Recursos Especiais da Polícia Civil, em Olinda (PE).
Um dos presos vestia a camisa da Torcida Jovem do Sport, torcida organizada suspeita de realizar o ataque ao ônibus do Fortaleza em 22 de fevereiro.
RELEMBRE O ATENTADO
Após o jogo diante do Sport, em Recife (PE), pela Copa do Nordeste, o ônibus da equipe tricolor caiu em uma emboscada montada por torcedores de uma organizada do time pernambucano.
O goleiro João Ricardo, o lateral-esquerdo Gonzalo Escobar, o lateral-direito Dudu, os zagueiros Titi e Brítez e o volante Lucas Sasha foram feridos no ataque e precisaram ser encaminhados ao hospital.
Em fotos divulgadas pelo Fortaleza do tratamento dos jogadores dias depois, as de Escobar foram as que mais impactaram, com cortes no supercílio e na boca. Ele levou 13 pontos no rosto e sofreu trauma cranioencefálico.
Titi também foi bastante afetado, precisando realizar uma cirurgia para retirada de estilhaços de vidro e outros resquícios da região da panturrilha. Thiago Galhardo não sofreu fisicamente, mas mentalmente. O jogador revelou estar sofrendo com crises de pânico e pediu afastamento do clube para iniciar tratamento.
SPORT PUNIDO
A Segunda Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o Sport, em julgamento realizado na última terça-feira, por causa do atentado.
O clube pernambucano terá que jogar oito partidas com os portões fechados, não poderá ter torcida visitante no mesmo período e terá que arcar com uma multa de R$ 80 mil.