Tem garoto no Rio Branco do Acre que precisa ser observado
Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 5 (AFI) – Futebol é um troço realmente surpreendente. Nesta Copa São Paulo de Juniores, quando se imagina que clubes sem a devida expressão só vão ser ‘sacos de pancadas’, de repente a gente se surpreende.
Quem diria que o Rio Branco do Acre fosse se apresentar, diante do Santo André, como equipe com bom padrão de jogo e proposta ofensiva na noite de sábado?
Logo, vendeu caro a derrota por 2 a 1, e cedeu um dos gols por abuso de seus jogadores, devido à insistência de sair jogando de trás, mesmo diante de forte marcação alta do adversário.
O trabalho do treinador Eriano dos Santos, do Rio Branco, foi de garimpagem de jogadores, embora tenha-se sempre que ressaltar que categorias de base fazem parte do processo de lapidação, visando corrigir um defeito aqui e outro acolá do atleta.
ZAGUEIROS RÁPIDOS
Surpreendentemente, o Rio Branco do Acre conta com dois zagueiros rápidos, casos de Darlan e Nickson, o que facilita a recuperação quando o adversário se organiza em contra-ataques.
E mais: Nickson ainda valoriza a saída de bola.
O lateral-esquerdo Zé Guilherme, também rápido, tem por característica incursões ao ataque e chega ao fundo.
Embora acelere na recomposição, por vezes opta por marcar a bola e se descuida do adversário em seu setor, coisa plenamente corrigível por um treinador estilo do saudoso Zé Duarte, até porque ele é jogador de 19 anos de idade.
Já o atacante de beirada Victor Hugo é extremamente veloz, mas não conta com um companheiro de ataque para o devido acompanhamento de jogadas.
PONTE PRETA
Enquanto isso, o pontepretano conferiu aquele pobre futebol retrancado de seu clube diante do inoperante Cuiabá.
Cá pra nós: até tem validade recorrer ao esquema defensivo entre os profissionais.
Uso deste expediente nas categorias de base contrasta com a finalidade do departamento de revelar jogadores.
E ninguém vê isso na diretoria do clube?
Aí, se perguntarem qual jogador da Ponte Preta deixou impressão favorável na estreia da Copinha, fico sem resposta.
Alternadamente, jogadores do sistema defensivo despacharam, de cabeça, as incontáveis bolas cruzadas pelo Cuiabá, que não sabia fazer outra coisa.
Se o jogador Gabriel aplicou uns três dribles desconcertantes na altura do meio de campo, por que não o posicionaram mais próximo da meta adversária, para se ter a devida percepção como as jogadas seriam completadas?
GUARANI
Da estreia do Guarani, na vitória por 2 a 1 diante do galo mineiro, sexta-feira, taticamente a equipe mostrou-se ajustada, com compactação dos jogadores, permitindo que ganhasse a maioria dos rebotes e tivesse fluência de jogadas ofensivas, porém com falta de qualidade para complementos, exceto lampejos do atacante de beirada Léo Porfírio.
Nesta segunda-feira, outra chance de se observar o comportamento da equipe na partida diante da Francana, a partir das 15h, em Franca.
FERROVIÁRIA
Claro que a Ferroviária de Araraquara mostrou uma equipe de juniores bem ajustada e com fome ofensiva para emplacar histórica goleada por 8 a 0 sobre o Jaciobá, de Alagoas.
Apesar disso, convenhamos que o setor defensivo do time alagoano é uma piada.