Arábia Saudita: jogada de roleta ou estratégia consciente?
A liga de futebol da Arábia Saudita já vinha apostando forte na contratação de jogadores e técnicos estrangeiros. Foi de lá, afinal, que veio Jorge Jesus aquando de sua chegada ao Flamengo. Aqui noticiámos o alegado interesse que existiria no volante Felipe, que depois não se concretizou.
Mas tudo parece ter ficado bem mais sério com a chegada de Cristiano Ronaldo ao Al-Nassr, na temporada passada. Se é verdade que não é estranho que grandes futebolistas terminando sua carreira possam assinar por ligas secundárias mas com salários milionários (há décadas que isso vem acontecendo), os valores astronômicos envolvidos na contratação do português provam que esse não é um negócio qualquer.
Aposta política de alto nível
Vários comentaristas vêm falando que a Arábia Saudita está tentando reproduzir em muito poucos anos o sucesso que a Premier League conseguiu nas últimas três décadas, afirmando-se como a maior liga de futebol do mundo. O futebol seria uma forma de fazer crescer a visibilidade do país e melhorar sua imagem no exterior; aquilo a que os acadêmicos chamam “soft power” (poder suave). Poderia ser também uma forma de gerar lucro, caso o governo saudita conseguisse criar seu próprio “circo” em vez de seguir financiando o “circo” que é propriedade dos europeus, apesar das compras de times que vêm sendo feitas. Os investimentos sauditas no golf e a aposta em acolher um Grande Prêmio de Fórmula 1 seriam outros elementos da mesma estratégia.
Mas fica a dúvida: será que o governo saudita tem uma estratégia consciente para investir e fazer lucro, ou será que está só jogando na roleta, esperando conseguir um jackpot?
Roleta: um jogo de sorte
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O governo da Arábia Saudita pode simplesmente estar comprando fichas (e uma bem grande, no caso de Cristiano Ronaldo), esperando que a sorte vire a seu favor e que seus objetivos sejam atingidos. O fato é que outras ligas de futebol, incluindo a MLS dos Estados Unidos e a liga da China, têm investido em grandes nomes do futebol europeu mas sem ter essa sorte de roubar o protagonismo.
Outra hipótese: rivalidade nas Arábias
Um artigo recente no renomado jornal Financial Times defende que, mais do que qualquer estratégia política de grande nível, o investimento saudita em futebol é parte de uma competição de estatuto entre as monarquias do Golfo Pérsico. Afinal, os Emirados Árabes Unidos (EAU) conseguiram recentemente, através do xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan (membro da família real), proprietário do Manchester City, sua primeira vitória na Liga dos Campeões. O Catar vem tentando o mesmo com o Paris Saint-Germain, e recebeu a Copa do Mundo do futebol. E as quatro monarquias árabes (Bahrain, Arábia Saudita, Catar e EAU) corresponderão aos dois Grandes Prêmios iniciais e aos dois finais da temporada de Fórmula 1 de 2024.
Seja como for, não se surpreenda se outros grandes nomes do futebol europeu demandarem as Arábias. No caso do Fortaleza, talvez nossos maiores astros sejam alvo de tentativas de contratação, e não apenas jogadores precisando um novo rumo como era o caso de Felipe.