Estilo do Fortaleza é um modelo para os clubes de Campinas

Esse foi o típico jogo que serve de espelho para que comissões técnicas de Ponte Preta e Guarani possam extrair coisas interessantes mostradas pelo Fortaleza

Torcedores do Fortaleza mostram a verdadeira aliança ao clube, com comparecimento maciço ao Estádio Castelão Palmeiras, Bahia, Grêmio, Corinthians, América e Athletico-PR avançam na Copa do Brasil Campinas, SP, 31 (AFI) – Meu negócio é Série B do Campeonato Brasileiro, mas, em semana longa e pra não ficar com elucubrações, optei por conferir Fortaleza e Palmeiras, jogo válido por vaga às quartas de final da Copa do Brasil, na noite desta quarta-feira na capital cearense, com vitória do mandante por 1 a 0. Claro que o placar magro de nada adiantou ao Fortaleza, pois a obrigação seria reverter a diferença que o Verdão estabeleceu no jogo de ida, quando aplicou goleada por 3 a 0. De repente, este jogo se transforma em pauta com duas indicações. Se bugrinos e pontepretanos, enquanto mandantes, provocam redução de público em jogos subsequentes à derrota, torcedores do Fortaleza mostram a verdadeira aliança ao clube, com comparecimento maciço ao Estádio Castelão, mesmo reconhecendo a missão quase impossível de reverter a enorme vantagem palmeirense na competição. Anotem aí: 43.271 pagantes foi o público neste jogo. Aí você coloca na conta de simpatizantes do Palmeiras e torcedores do Ceará que se agruparam no mesmo espaço, isso não ultrapassa seis mil pessoas. Então, veja quantos fanáticos pelo Fortaleza deram as caras. MOSTRAR O JOGO Esse foi o típico jogo que serve de espelho para que comissões técnicas de Ponte Preta e Guarani possam extrair coisas interessantes mostradas pelo Fortaleza, com o consequente repasse aos seus jogadores. Evidente que não seria preciso fazer a boleirada perder quase duas horas para acompanhamento na íntegra do jogo. Basta sugerirem ao pessoal do Departamento de Comunicação que edite tópicos fundamentais do vídeo para repasse aos elencos. CONDICIONAMENTO FÍSICO Que o time do Fortaleza tem condicionamento físico melhor que Ponte Preta e Guarani, isso ninguém desmente. Por que será? Seria porque o Fortaleza conta em seu elenco jogadores de melhor vigor físico comparativamente àqueles daqui? ESTILO VERTICAL No Fortaleza não se vê aquela desnecessária e irritante troca de passes entre jogadores da dupla de zaga, assim como o recuo de bola é feito em caso de necessidade. Isso é sinal que Juan Pablo Vojvoda Rizzo, o treinador argentino que comanda a equipe, a condicionou para postura vertical, que começa de trás. Incontáveis vezes viu-se, na partida desta quarta-feira, o zagueiro Tite, do Fortaleza, arrancar com a bola de seu campo de defesa, no claro intuito de evitar rápida recomposição provocada pelo Palmeiras. Se é que a ‘zagueirada’ dos clubes de Campinas não têm aptidão para isso, que se eleja um volante ou alguém que faça. Na edição em vídeo de aspectos que possam ser absorvidos pelos elencos de Guarani e Ponte Preta, a execução da escola argentina no desarme de jogadas, colocadas em prática pelo Fortaleza, deveria ser copiada. Viu-se que o desarme é executado na maioria das vezes sem que se recorra às faltas. Esse estilo é copiado com sabedoria por clubes gaúchos. DESMARCAR Jogadores do Fortaleza são condicionados a fugir da marcação de adversários, para que se ofereçam como opções viáveis ao recebimento dos passes. Por aqui, prestem atenção como tem boleiro que se esconde do jogo. Ou, quando marcado, deixa de fazer o recomendável, que seria a aproximação daquele que vai ‘telegrafar’ o passe. INFILTRAÇÃO Na medida do possível, o Fortaleza evita rodar a bola na intermediária adversária de uma lateral a outra. Para isso, o drible é imprescindível, visando criar possibilidade de penetração. E quando o atleta escapa da marcação, a jogada flui naturalmente. Fosse um adversário sem a competência defensiva do Palmeiras, de certo o Fortaleza não ficaria na vantagem mínima, considerando-se o intenso volume de jogo colocado em prática. Claro que reconhecemos a diferença técnica de um clube de Série A, como o Fortaleza, para aqueles de Série B, como Ponte Preta e Guarani. Apesar disso, quem se dispuser a copiar a essência do Fortaleza, em última análise isso será refletido em melhora de rendimento.  Categorias: Colunas Por: ,